Dance Paradise.
Se Dance Central é o mais próximo de um simulador de dança existente hoje, e um dos melhores jogos lançados para o Kinect até o momento, e Dance Masters é o seu primo pobre, então Dance Paradise é aquele primo bonito, mas que ninguém agüenta ficar perto 5 minutos de tão chato.
O jogo é bem pensado, mas peca na execução. Se os desenvolvedores tivessem jogado pelo menos 1 hora do jogo e se divertido com ele, e ainda, se conhecessem bem os outros jogos de dança, saberiam que o projeto não deu muito certo.
Você começa o jogo com 3 opções disponíveis e uma delas é um mini tutorial para mostrar como a mecânica do jogo funciona. Quando termina o tutorial você até acredita que poderá se divertir com o jogo e quando começa a jogar e se depara com a caprichada seleção de músicas licenciadas que por incrível que pareça ainda vem acompanhadas do vídeo clipe de cada uma delas, aí você de fato se anima coma coisa. Mas nada disso salva a dificuldade imposta pelo jogo.
O jogo é semelhante ao visto em Guitar Hero, mas se no clássico da Harmonix isso funciona perfeitamente bem, no Kinect a coisa não é nada fluída, você tem 4 posições para fazer os movimentos, e cada uma corresponde a um passo para o lado mais ou menos. O boneco aparece na parte superior da tela e vai descendo até um mini palco que é o momento em que você precisa de fato imitá-lo.
Além de executar os movimentos como num espelho, você precisa estar na posição certa em que o boneco aparece, ou seja, é obrigado a ficar andando para lá e para cá para executar os passos e conseguir pontuar.
O maior problema da mecânica é que, ao contrário dos dançarinos detalhados e realistas de Dance Central, Dance Paradise economizou no design dos personagens e utilizou bonecos de plástico quadrados que lembram os dançarino de Dance Dance Revolution, mas sem nenhuma textura, algo inadmissível na atual geração de consoles. Com isso, mesmo tempo um tempo para ver o movimento que o boneco está fazendo, é quase impossível entender os passos mais complicados e executá-los da forma correta.
Além disso, se prestar atenção, você não consegue de fato dançar com o jogo, pois cada passo é separado por um intervalo de tempo para você visualizar o próximo. Se não bastasse tudo isso, os loadings do jogo lembram os RPG´s do início da geração, como lost odissey. Qualquer ação demanda uma eternidade. Uma troca de música por exemplo ou voltar para o menu dão a impressão que tudo travou.
Resumindo depois de uma música, você não se sente motivado e quando pega uma mais difícil, aí você desiste mesmo e encosta o jogo pela eternidade.
É realmente uma pena que o jogo tenha pecado tanto, pois a seleção de músicas é excelente e o uso dos avatares é invejável, eles dançam no canto da tela (não em sincronia com seus movimentos) e podem ser personalizados correndo por todos os menus. Além disso o jogo permite que duas pessoas joguem simultaneamente em uma batalha, mas se jogando sozinho já é difícil, imagina com duas pessoas!!
Infelizmente Dance Central ainda é o único jogo de dança que realmente vale a pena para o Kinect, mas com a chegada de Michael Jackson: The Experience, talvez o cenário mude.
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